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ÍTALO MUDADO

SUA HISTÓRIA

Aqui, você vai encontrar uma linha do tempo sobre a trajetória do educador e diretor Ítalo Mudado. Uma das grandes referências do teatro mineiro, que contribuiu para a formação de diversos atores e profissionais das artes cênicas em Minas e no cenário nacional. 80 anos de vida, diversas histórias pra se contar e muita coisa ainda pode ser inserida por aqui, pois o processo de resgate oral de sua trajetória não para. Por isso, novidades vão constantemente surgir por aqui e sua contribuição é muito bem vinda.

1980 a 1985

1980 a 1982

Ítalo Mudado dirigiu, pelo Grupo Mineiro de Comédia, Entre Quatro Paredes, de Jean-Paul Sartre; Macário, de Álvares de Azevedo; um espetáculo com textos de Guimarães Rosa; A História do Zoológico, de Edward Albee; O Doido e a Morte, de Raul Brandão; Os Inimigos não Mandam Flores, de Pedro Bloch (1982). Todos apresentados no Teatro do DCE.

 

A década de 1980 foi um período bastante produtivo para a trajetória de Ítalo Mudado. Nos primeiros anos, ele atuou no Grupo Mineiro de Comédia. Ao mesmo tempo, estreitou laços com Wenceslau Coimbra Filho, que dirigia um grupo de teatro formado por um elenco amador em Congonhas. Na segunda metade dos anos 1970, Wenceslau manifestou o desejo de encenar uma tragédia grega. Ítalo sugeriu Antígone e orientou Wenceslau para a montagem. Desde então, a amizade e a parceria teatral foram constantes e profundas. Por exemplo, a adaptação de Ítalo para o texto da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, com montagem e direção de Wenceslau, encenada no Teatro da Escola Politécnica de Congonhas, em novembro de 1983. Também nos anos 80, Wenceslau dirigiu Ítalo em uma apresentação do Sermão da Sexagésima, em que Ítalo atuou como padre Antônio Vieira.

1983

Em 30 e 31 de julho de 1983, Ítalo montou Electra, de Eurípedes, no Teatro Santa Maria, pelo Grupo Mineiro de Comédia.

 

Ainda nos anos 1980, simultaneamente a esses trabalhos, Ítalo era docente na Faculdade Letras da UFMG. Em 1983, criou o Projeto 15, que apresentava quadros de peças curtas, de 15 minutos, que se encaixavam no intervalo entre as aulas da manhã e da noite. Assim, em 9 de abril aconteceu a estreia do projeto no auditório da faculdade com a apresentação de A confissão, adaptado de conto de Luiz Vilela, e O desesperado, cena cômica de Artur Azevedo. 

 

Os mesmos alunos e professores do Projeto 15 atuaram também em apresentações do Quarta Doze e Meia, no auditório da Reitoria. Em 30 de novembro de 1983, apresentaram Recital: poesia modernista brasileira, com a reunião de dez poetas. Em 31 de novembro de 1984, foi a vez uma coletânea de textos curtos: Primos e Confissão, de Luiz Vilela, Um Desesperado, de Artur Azevedo, Antes da Missa, de Machado de Assis, Conversa de Mineiro, de Fernando Sabino, Final de Ato, de Júlia Lopes de Almeida e Prazer em Conhecê-lo, de Carlos Drummond de Andrade. 


Ainda em 1983, Ítalo Mudado participou da criação do Grupo de Teatro ASBAC (Associação de Servidores do Banco Central). Em 24 e 25 de setembro desse ano, foi encenada Quem Casa, Quer Casa, de Martins Pena, no Instituto Metodista Izabela Hendrix.

1984

A convite de Jacyntho Lins Brandão, professor da FALE/UFMG, no Teatro João Ceschiatti, Ítalo montou Édipo Rei, de Sófocles, para ser apresentada em um evento acadêmico.

 

Dirigiu Minha Sogra é da Polícia, de Gastão Tojeiro, com estreia no Teatro do Sesi, em Contagem. Em seguida, 14 de junho de 1984, a peça foi apresentada no teatro do bar O Outro Lado da Moeda. 

 

Em 1984, como o Grupo Mineiro de Comédia demorava a escolher a próxima peça a ser encenada, Ítalo falou: “Ó, gente, como nós estamos demorando muito a escolher o texto; enquanto o Grupo Mineiro de Comédia não escolhe o texto, neste intervalo vamos fazer este espetáculo de poesia.” Conforme o depoimento de Ítalo Mudado em diversas entrevistas nos anos 1980 e 1990, assim foi criado o Grupo Intervalo. Suas primeiras encenações foram uma colagem de poetas brasileiros modernos e o espetáculo O Cigano, Comédia sem Título, de Martins Pena.

 

Entre 1984 e 2010, o Grupo Intervalo apresentou 57 peças. A proposta de criação do Projeto 15, do Grupo de Teatro FALE e do Grupo Intervalo foram quase simultâneas, em locais e elencos diferentes. Porém, entre 1985 e 1987 convergiram para interesses e encenações, fazendo conviver elenco ou parte deste.

 

Com a montagem de Electra, em 1983, Ítalo Mudado recebeu o Troféu João Ceschiatti/INACEN/Associação Mineira de Críticos de Teatro como Personalidade Teatral de 1983. A premiação foi em 11 de junho de 1984 no Museu de Arte da Pampulha.

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